quinta-feira, 4 de agosto de 2011

13ª FESTA DO BODE DE MOSSORÓ


A 1ª FEIRA DO BODE DO DE MOSSORÓ TEVE INÍCIO NO DIA 4 DE AGOSTO E SERÁ CONCLUÍDA EM 7 DE AGOSTO, NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES "ARMANDO BUÁ", NO BAIRRO COSTA E SILVA, COM DESTAQUE PARA O BREGA BODE.

FEIRA DO BODE DE MOSSORÓ


A Festa do Bode consta de exposição de caprinos e ovinos de várias raças, premiação para os melhores expositores, feira de animais inclusive com financiamento de Bancos oficiais, Torneio Leiteiro com premiação dos vencedores, Seminário sobre a cadeia produtiva da caprinovinocultura, com técnicos e pesquisadores de várias instituições de pesquisa, exposição e feira de produtos e serviços ligados à área da agricultura e pecuária, comidas típicas, barracas, artesanato, forrobodó, festival de violeiros e repentistas e Shows artísticos culturais.

CAPRIFEIRA EM CORONEL EZEQUIEL RN

FONTE: BLOG DO GILV@AN

Agricultores da serra da lagoa e o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Jaçanã.




Boba prefeito de Coronel Ezequiel e Uady prefeito de Jaçanã
A Caprifeira de Coronel Ezequiel, teve início hoje 17/06, com mini cursos de fluticultura, com encontro do território Trairí, com presença dos agricultores da região, com cabras leiteiras, bodes da raça soinga, da cidade de Tangará, presença também da Associação dos Agricultores Familiares do Gurjaú, palestra sobre a palma com o engenheiro agrônomo do sebrae Alexandre Vanderley, com a presença do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de jaçanã, José Mota junior, o Prefeito da cidade de Jaçanã Uady, o Deputado Walter Alves e outra s autoridades presentes.

A Importância da Caprinovinocultura em Assentamentos Rurais de Mossoró -RN ( 1 )


JOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO ( 2 )

A caprinovinocultura vem sendo explorada em quase todos as regiões, estando presente em áreas de diferentes climas, solos e coberturas vegetais. Entretanto, essa atividade só apresenta expressão econômica em poucos lugares, e geralmente é desenvolvida em sistema extensivo e com baixa tecnologia.
Segundo a FAO, apud SEARA (1996) a Austrália, a China e a Nova Zelândia, concentram, respectivamente, 14%, 9% e 5% do efetivo mundial do rebanho ovino. Já os maiores criadores de caprinos são a Índia, a China e o Paquistão, que detém, respectivamente, 20%, 15% e 6,5% do rebanho mundial.
Não obstante dispor de condições edafoclimáticas semelhantes ou até mesmo superiores às dos países maiores criadores dessas espécies, o Brasil detém apenas 3,3% do plantel mundial de ovinos e caprinos. Considerando a dimensão territorial e as condições favoráveis ao desenvolvimento da caprinovinocultura, Leite (s/d) afirma que nossos rebanhos são numericamente inexpressivos, principalmente quando comparados com a criação de bovinos, cujo efetivo nacional é da ordem de 150 milhões de cabeças.
A introdução de caprinos e ovinos no Brasil, data de 1535, pelos colonizadores portugueses, que aportaram no Nordeste (Maia et al., 1997).
Talvez em função disso, o Nordeste em 1999, concentra 93% do rebanho caprino nacional e 51% do rebanho ovino (IBGE,1999).
Para Simplício (s/d), o Nordeste brasileiro semi-árido tem sido assumido, durante séculos, como área de vocação pecuária, especialmente, para a exploração de ruminantes domésticos. No entanto, ressalte-se os caprinos e ovinos face a característica de adaptação a ecossistemas adversos o que é fortemente influenciado pelos seus hábitos alimentares.
Ruminantes de pequeno porte, esses animais apresentam significativas vantagens em relação à bovinocultura, principalmente no que diz respeito a área ocupada e manejo. A rusticidade desses animais, bem como a facilidade de adaptação às condições ambientais são outros fatores que contribuem para tornar essa atividade relevante, nas pequenas e médias propriedades rurais do semi-árido.
Nunes (1987) destaca que os custos financeiros de uma vaca eqüivalem ao de 8 a 20 caprinos, aliado a isso a facilidade de manejo devido ao pequeno porte destes animais, vem despertando nos produtores grande interesse em ampliar a produção de seus rebanhos, objetivando tornar a atividade mais lucrativa.
No Rio Grande do Norte, em 1999, o rebanho caprino era de 296 mil cabeças e o de ovinos de 361 mil cabeças (IBGE, 1999). Segundo o empresário Romildo Pessoa Júnior, presidente da Associação Norte-riograndense de Criadores de Ovinos e Caprinos, o Estado é hoje o maior produtor de leite de cabra do país, com uma produção diária de oito mil litros, totalmente absorvida pelo Programa do Leite do Governo do Estado (www.caprinet.com.br).
Diante do potencial de mercado que se apresenta para os produtos derivados da caprinovinocultura no Estado, a atividade foi introduzida, nos últimos anos, em assentamentos rurais de Mossoró, que por situar-se no semi-árido, apresentam poucas opções de geração de emprego e renda.
Entretanto, não obstante a importância da caprinovinocultura na economia regional, dada a crescente demanda pela carne e pelo leite, pouco se conhece sobre as condições sócio-econômicas e do criatório dos produtores assentados que se dedicam a essa atividade, dentro do contexto do desenvolvimento sustentável, reduzindo com isso a possibilidade que estes teriam de aproveitar as oportunidades sinalizadas pelas demandas do mercado em expansão.
Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar o desenvolvimento da caprinovinocultura pelos produtores assentados no município de Mossoró, como forma de orientar as políticas de promoção e fortalecimento dessa cadeia produtiva, dentro do cenário estadual e nacional.
A pesquisa teve como população as famílias dos assentados do Hipólito (Vilas I e II), Lorena, Mulunguzinho, Cabelo de Nêgo e Cordão de Sombra (Vilas I e II), tendo sido considerada a população de acesso apenas aquelas 286 famílias que se dedicavam à produção de caprinovinocultura no momento da coleta dos dados.
Os assentamentos que serviram de população para a pesquisa continham, no período da coleta de dados ( 12 de abril de 2001 a 15 de junho de 2001), 504 famílias ao todo, sendo que destas 56,75% se dedicam à caprinovinocultura. Considerando o número de produtores e a característica da investigação foram aplicados 77 questionários, assim distribuídos: a-) Hipólito (Vila I), 05 questionários ; b-) Hipólito (Vila II), 02 questionários ; c-) Lorena, 03 questionários; d-) Mulunguzinho, 26 questionários; e-) Cabelo de Nêgo, 16 questionários; f-) Cordão de Sombra (Vila I), 13 questionários; g-) Cordão de Sombra (Vila II), 12 questionários.
O critério de seleção das famílias pesquisadas foi do tipo aleatório.
A coleta de dados foi feita através de pesquisa direta com a aplicação de questionários com 39 perguntas fechadas e abertas.
Os dados coletados foram apurados manualmente e, posteriormente, organizados em tabelas e gráficos, utilizando-se para a análise tabular do emprego da proporção. Segundo Toledo e Sovalle ( 1995 ), a proporção de indivíduos em uma dada categoria é definida através do quociente entre o número de indivíduos pertencentes a essa categoria e o número total de indivíduos considerados, devendo as categorias ser mutuamente exclusivas e exaustivas.
Através da análise dos indicadores selecionados pôde-se concluir que;
· a maioria dos produtores assentados é casada, tem menos de 50 anos, é proveniente da zona rural e apresenta mais de 20 anos de experiência na atividade agropecuária;
· o índice de analfabetismo entre esses produtores é muito elevado;
· a caprinovinocultura destaca-se como a atividade que proporciona maior renda, vindo a seguir as culturas de subsistência;
· a maioria dos produtores utiliza até 5 hectares com a exploração de culturas de subsistência de sequeiro, embora todos mantenham áreas com pastagem nativa;
· as esposas ou companheiras dos assentados em sua maioria, não exerce atividades remuneradas que permitam participar do sustento doméstico;
· a maioria das famílias assentadas encontra-se em situação de miséria ou abaixo da linha de pobreza, embora conte com pelo menos um familiar aposentado;
· o rebanho caprino predomina entre os produtores e essa preferência é justificada por ser esta espécie a mais apropriada para a criação em vegetação de caatinga;
· o nível de tecnologia é baixíssimo, não sendo em geral adotada nenhuma medida profilática sanitária, ou prática de manejo reprodutivo, nem controles de cobertura, de nascimento de crias ou de mortalidade;
· a fonte de água mais utilizada para fornecimento aos animais é o poço artesiano, quase sempre salinizado;
· as instituições de fomento à reforma agrária, bem como as de pesquisa e extensão rural, mostram-se ausentes no processo de capacitação dos produtores;
· a maioria dos assentados não consegue individualmente sua própria produção no mercado;
· a venda de animais vivos prevalece na comercialização da produção, oferecendo mais opções de mercado, já que os animais abatidos são comercializados apenas na própria comunidade;
· os meses de junho, julho e agosto são os que apresentam melhores condições de preços para a comercialização dos animais;
· para a maioria dos produtores, o ingresso na caprinovinocultura se deve ao aporte creditício concedido pelo governo, mediante financiamentos individuais, variando de R$ 4 mil a R$ 5 mil, destinados à aquisição de matrizes e reprodutores, construção de curral ou aprisco e formação de suporte forrageiro, tendo como principal agente repassador, o Banco do Nordeste.
· Embora ainda recente como atividade econômica nas áreas assentadas pesquisadas, a caprinovinocultura, não obstante todos os entraves já citados, representa a maior fonte de renda para os produtores.
Como sugestões para melhorar a qualidade e a produtividade da produção pecuária nos assentamentos rurais, recomenda-se a adoção de medidas profiláticas e sanitárias de fácil manejo, tais como tratamento do umbigo dos recém-nascidos, a fim de evitar infecções, a vermifugação do rebanho e a higienização adequada das instalações que abrigam os animais, evitando-se acúmulo de dejetos em larga escala. Implementar a assistência técnica aos assentados, de forma continuada, orientando-os na aquisição dos melhores reprodutores e matrizes, bem como na orientação adequada para a suplementação protéica do rebanho durante o período seco, incentivando o plantio de forrageiras resistentes à seca, como o capim búfel, algaroba, leucena, etc.
Sugere-se ainda que sejam desenvolvidas pesquisas para gênero, bem como sobre a forma como a carne e o couro são manipuladas na comunidade, bem como análise de tabela de custos a fim de avaliar se realmente há rentabilidade da atividade.
A comercialização da produção só poderá se tornar mais dinâmica e eficiente com a organização dos assentados através de ações associativas, buscando formas de cooperação que não prejudiquem a coletividade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal. Rio de Janeiro/RJ, 1999. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em 09 de novembro de 2001.

LEITE, E. R. Ovinocaprinocultura no Nordeste - Organização e crescimento. Disponível em :http://www.cnpc.embrapa.com.br. Acesso em 19 de junho de 2002.

MAIA, M. S.; MACIEL, F. C.; LIMA, G. F. Produção de caprinos e ovinos: recomendações básicas de manejo. Natal: EMPARN/SEBRAE, dez., 1997.

NUNES, José Ferreira. Cabras podem render muito mais leite no Nordeste. Dirigente Rural [s.l.] v. 26, n. 10, p. 37-40, out. 1987.

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA - SEARA. Projeto de Desenvolvimento da Ovinocaprinocultura do Ceará. Fortaleza, 1996.

SIMPLÍCIO, A . A . Caprinovinocultura: uma alternativa à geração de emprego e renda. Disponível em :http://www.cnpc.embrapa.com.br. Acesso em 19 de junho de 2002.

TOLEDO, G. L.; SOVALLE, I. I. Estatística Básica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1995.

( 1 ) - Síntese de Dissertação de Mestrado defendida a 08 de julho de 2002 perante Banca Examinadora composta pelos professores Dr. Benedito Vasconcelos Mendes ( UERN ), Drª Taniamá Vieira da Silva Barreto
( UERN ) e Dr. Patrício Borges Maracajá ( ESAM ) , junto ao Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA - UERN, orientada pelo Prof. Dr. Benedito Vasconcelos Mendes e co-orientada pela Profª M. Sc. Ana Thereza P. Bittencourt ( ESAM ).

( 2 ) - José Romero Araújo Cardoso - É Professor do Departamento de Geografia - DGE da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais - FAFIC da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN e assessor da Fundação Vingt-un Rosado/Coleção Mossoroense. É sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN, membro da Associação Paraibana de Imprensa - API , da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC e sócio-fundador do Grupo Benigno Ignácio Cardoso D'Arão.
A caprinovinocultura no nordeste brasileiro

O Brasil possui um rebanho caprino e ovino de cerca de 9,5 e 14,3 milhões de cabeças, respectivamente, distribuídos por todas as regiões do país (IBGE, 2002). Apesar de apresentar o 10º maior rebanho caprino, o Brasil contribui com apenas 1,3% da produção de leite de cabra produzido no mundo. Do rebanho caprino, mais de 90% é encontrado na região NE, mais especificamente na região semi-árida nordestina, onde predomina o sistema de criação extensivo, cujo principal produto de exploração é a carne. Na região SE, tem-se um rebanho para produção de leite. De acordo com o IBGE (2002), com relação ao rebanho ovino, o NE detém o maior efetivo (56,08%), seguido pela região Sul (32,81%). Da produção mundial de carne ovina, o Brasil contribui apenas com 1%, apresentando um abate médio de 970 mil cabeças, com fortes flutuações entre os anos (ANUALPEC, 2000).

Nos últimos anos observou-se um aumento na produção nacional, indicando um crescente interesse pela atividade, inclusive em regiões tipicamente conhecidas como produtoras de carne bovina, como as regiões Norte e Centro-Oeste do país.

A caprinovinocultura desenvolvida no NE brasileiro teve sua origem com a importação de animais de raças européias trazidas pelos jezuítas e colonizadores. Os caprinos e ovinos, de modo geral, foram criados de forma extensiva e para se adaptarem às condições edafo-climáticas predominantes na região, desenvolveram mecanismos biológicos apropriados, resultando em vários grupos e/ou raças nativas da região. Esta adaptação ao sistema de produção promoveu uma redução da capacidade produtiva dos rebanhos em termos de carne, leite e tamanho corporal. Apesar de a seleção natural ter ocorrido no sentido negativo da produção, o NE possui hoje, para suas condições de semi-árido, material genético de excelente qualidade para produção de pele, carne de baixo teor de gordura e uma adequada produção de leite, desde que seja adotado um nível mínimo de tecnologia.

No NE brasileiro, os rebanhos geralmente são constituídos de animais nativos, SRD ou mestiços, estes últimos, decorrentes de cruzamentos desordenados entre animais exóticos e nativos ou da utilização de reprodutores mestiços com diferentes composições genéticas - “grau de sangue”. O rebanho ovino é constituído, na sua maioria, por ovinos deslanados como o Santa Inês, Morada Nova, Somalis Brasileira, Cariri e seus mestiços. As principais raças nativas e/ou tipos caprinos do NE são a Moxotó, Canindé, Repartida, Marota, Cabra Azul, etc. Os rebanhos apresentam certo índice de consangüinidade devido ao fato de não haver renovação periódica dos reprodutores, levando ao aparecimento de criptorquidismo, prognatismo, agnatismo, além de nos caprinos, aparecerem, com certa freqüência, reprodutores mochos, os quais provocam problemas na fertilidade do rebanho e, por conseguinte, reduzem a produtividade do rebanho.

Apesar das altas taxas de crescimento dos rebanhos caprino e ovino, a exploração no semi-árido NE ainda é conduzida de modo extensivo, ou seja, sem nenhum controle sobre os rebanhos. Na época chuvosa, a alimentação dos animais é proveniente exclusivamente da pastagem nativa (caatinga) e, em alguns casos, da pastagem melhorada pelo raleamento. Na época seca, além das pastagens nativas, os animais são colocados nas áreas de colheitas, para aproveitarem os restolhos de culturas. Em algumas propriedades, verifica-se o fornecimento de suplementação com grãos ou outro alimento.

Quanto às instalações, em alguns casos existem cercas periféricas apropriadas para contenção destes animais, aprisco de chão batido ou ripado suspenso, com algumas divisões internas. Observa-se, ainda, a existência de aguadas, açudes, bebedouros, comedouros e saleiros. A grande maioria das propriedades deste sistema de criação se enquadra no nível baixo de adoção de tecnologia, com índices de produtividade de 70-80%, 30-35%, 20-25%, 7-8%, 18-24 meses para fertilidade ao parto, partos gemelares, mortalidade de 0-1 ano, mortalidade de adultos e idade ao abate, respectivamente. As principais doenças que acometem o rebanho são as ecto e endoparasitoses, a linfadenite caseosa e o ectima contagioso. Atualmente, verifica-se o emprego de algumas práticas sanitárias, a saber: vermifugações esporádicas e vacinações, além do tratamento do umbigo.

A comercialização, em geral, é feita através de intermediários que adquirem os animais nas fazendas. Alguns reprodutores e matrizes são comercializados tanto nas fazendas, como nas feiras agropecuárias. As peles dos animais abatidos são vendidas aos intermediários e, excepcionalmente, diretamente ao curtume.

Na zona da mata e agreste nordestino predomina o sistema de criação semi-intensivo, cujos rebanhos já possuem padrões raciais definidos e os criadores são mais receptivos a informações técnicas e inovações; muitos fazem uso de IA (Inseminação Artificial) e, alguns, já praticam a técnica de TE (Transferência de Embriões). Além da utilização de concentrado comercial, a alimentação baseia-se no fornecimento de volumoso, através de pastagens cultivadas e utilização de fenos e/ou silagens. São poucos os que utilizam concentrado produzido na própria fazenda, o que contribuiria para reduzir os custos com alimentação. Os animais têm acesso ao sal durante todo o ano e as instalações variam de acordo com o sistema de criação adotado, mas, geralmente, possui cercas divisórias nas pastagens e capineiras, apriscos de piso ripado suspenso, com divisões para cada categoria animal. As principais enfermidades que acometem estes rebanhos são a CAEV (caprinos), a linfadenite caseosa, o ectima contagioso e a verminose, sendo esta controlada por meio de vermifugações estratégicas. Em termos de manejo sanitário, são realizadas vermifugações estratégicas, vacinações, corte periódico dos cascos e higienização periódica das instalações. Os índices de produtividade, consequentemente, atingem patamares superiores aos observados na região semi-árida, 80-90%, 30-40%, 10-15%, 4-5% e 16-18 meses para fertilidade ao parto, partos gemelares, mortalidade de 0-1 ano, mortalidade de adultos e idade ao abate, respectivamente.

Apesar do mercado de carne caprina e ovina, interno e externo, se mostrar consumidor (Couto, 2001), o setor apresenta um desequilíbrio entre a produção na propriedade, o abate formal de animais e o setor de curtimento das peles, tornando necessário o trabalho conjunto dos diversos elos da cadeia produtiva, de maneira a reduzir os custos operacionais e aumentar a lucratividade e a sustentabilidade do sistema (Couto & Medeiros, 2000).

Em termos de qualidade da carne, o NE continua na “idade da pedra”. Estima-se que mais de 90% do abate total é feito de forma clandestina; todos os abatedouros oficiais trabalham com grande capacidade ociosa. Diante deste quadro, falar em qualidades sensoriais como sabor, maciez e suculência ou de formas de valorização dos nossos produtos, como rendimento e valorização da carcaça por meio de cortes regionais, parece não ter muito sentido. Com a necessidade de se oferecer um produto de maior qualidade, padronizado e bem embalado, exigência do consumidor atual, é provável que, em breve, haja uma solidificação da caprinovinocultura de corte como uma atividade empresarial, de forma que as ações da cadeia produtiva sejam conduzidas pelos custos de produção e preço final dos produtos. Já é tempo, também, de se começar a separar o que é caprino e o que é ovino. São espécies diferentes cujos produtos devem ser diferenciados para o mercado consumidor. Os restaurantes de “bode assado ou guizado”, onde o produto consumido é, na verdade, carne ovina, constituem uma propaganda enganosa que precisa ser coibida.

Para muitos já ficou claro que a atividade só irá prosperar se todos os elos da cadeia produtiva participarem do processo, com profissionalismo e adoção de tecnologias modernas e apropriadas. Tecnologia moderna será aquela que contribuir para que o custo da produção permita uma margem de lucro satisfatória sob a condição de preço de venda, seja ela um pasto nativo de caatinga ou um pasto cultivado de capim Tifton, um genótipo nativo como o Moxotó ou Santa Inês ou um importando como o Boer ou Dorper. Na verdade, o produtor deve buscar identificar corretamente os fatores de produção que deverão ser trabalhados para adequar seus custos unitários às condições de mercado, ou seja, buscar o ótimo econômico do seu sistema de produção.

*Texto: NUTRIPLAN Consultoria e Assessoria Pecuária

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